O QUE REALMENTE VALE APENA
Num belo dia ou chuvoso, como os de Belém, você se depara com as seguintes indagações: o que estou fazendo aqui? Como vim parar aqui? Porque preciso estar aqui? Quem me deu essa responsabilidade? Quem colocou esse peso sobre minhas costas e ombros? Por fim, vale apena carregar tamanha carga de atividades? Pra onde estou indo com isso? Que consequencias essas atividades me trarão no futuro?
Certa tarde fui com minha familia ao ENCONTRO VIDA, no Hospital Adventista de Belém e assisti ali a uma programação "divina", muito prazerosa, cujos benefícios espirituais desfruto até hoje e que serviram para balizar algo que eu já pensava em fazer desde o dia 11 de março, quando fui chamado a uma "reunião" na sala pastoral da Igreja da Marambaia com o ancionato da igreja, que me questionou, a época, porque o pastor distrital de então não figurava como palestrante do nosso retiro espiritual.
Mas, voltemos a programação do ENCONTRO VIDA. Nela houve uma "peça" mostrando que na nossa caminhada rumo ao céu não precisamos conduzir tudo que nos dão ou que nós mesmos colocamos sob nossa responsabilidade.
De pronto, confirmei o entendimento que sempre tive que nossas atividades para Deus, todas elas, devem ser realizadas com amor. Se essa não for nossa primeira e única motivação, não vale apena prosseguir.
Ha mais de um mês uma forte dor de cabeça se apoderava de mim. De imediato pensei tratar-se do meu triglicerídio que, mais uma vez, deveria estar alterado e bem alterado. Fui postergando ao máximo a procura de um médico. Não compartilhei isso com minha espôsa. Com o passar do tempo passei a ficar com receio que não fosse apenas o triglicerídio alto.
Vou concluir agora. Na quinta-feira da semana passada reuni toda a minha equipe da Sociedade de Jovens e os informei da minha impossibilidade de continuar a frente do departamento. Acreditem: minha dor de cabeça, que já fazia parte da minha vida, simplesmente sumiu só com a declaração aos meus associados. Dois dias depois, comuniquei oficialmente minha decisão a igreja.
Queridos! Precisamos tornar nossa existência um "cheiro suave a Deus". Nosso viver precisa ser um constante louvor e exaltação ao Pai. Diz Ele que Seu "jugo é suave e seu fardo é leve".
Em outras palavras, como sugeria a programação do ENCONTRO VIDA, precisamos prosseguir com qualidade de vida, retirando dos nossos ombros toda atividade que, embora sob o manto "espiritual", possa estar nos levando ao fracasso em nosso relação com Deus. Tenhamos ocupações sadias, que não abalem nossos relacionamentos, não nos exponham e tornem nossa vida mais saudável em todos os aspectos. É bem verdade que nem sempre isso é possível. Afinal, muitas dessas bagagens não somos nós que absorvemos. Muitas e a grande maioria delas, são depositadas sob nossos ombros. Há, ainda, aquelas que seremos "obrigados" a conduzir pelo resto da vida, ao que o apóstolo Paulo chama de "espinho na carne".
No entanto, vivamos mais e melhor para o nosso Deus, nossas famílias e para a igreja beneficiando-nos de situações que nos encaminhem para nosso supremo objetivo que é o encontro com o Senhor nos ares. Um grande amigo meu já havia feito isso, deixando a função de ancião de uma das maiores igrejas da região metropolitana de Belém ao entender que seus objetivos espirituais poderiam ser melhor alcançados sem a necessidade da função eclesiástica.
Trabalhar na igreja, para Deus, é bom e necessário. Mas com alegria, com motivação do "alto".
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