Levante-se e vá!

Chega de preguiça, de moleza, de marasmo, de apatia, de imobilidade.
Levante-se e vá!
Chega de planejamento, de pesquisa, de sondagem, de teoria, de pós-graduação
sem fim. Levante-se e vá!
Chega de indecisões, de consultas, de espera, de especulações intermináveis
de velo de lã para cá e para lá, ora seco, ora molhado… levante-se e vá!
Chega de preconceitos, de prevenção, de medo, de suspeitas, de desculpas
esfarrapadas. Levante-se e vá!
Chega de cosméticos, de fingimento, de hipocrisia, de sepulcros caiados de
branco e ao mesmo tempo fedidos, de copos e pratos lavados só por fora.
Levante-se e vá!
Chega de vaidade pessoal, de segurança própria, de orgulho, de presunção
tola, de carnalidade, do eu grande demais. Levante-se e vá!
Chega de equívocos, de erros, de desvios, de descompromissos, de ficar em
cima do muro, de contemplação. Levante-se e vá!
Chega de oração, de piedade estática, de choradeira, de revelações, de
frenesis, de fé sem obras. Levante-se e vá!
Levante-se e vá! Agora. Neste instante. Pois o sol está se pondo. O dia da
salvação está terminando. As oportunidades estão passando. O prazo está se
aproximando do fim. E você está ficando velho!
(Em letras grandes, p. 29 e 30, Editora Ultimato)
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