quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CNI/Ibope: Dilma aparece com 50% das intenções; Serra tem 27% e Marina 13%


BRASÍLIA - Se a eleição fosse hoje, a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, seria eleita no primeiro turno, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira, 29, com 50% das intenções de voto, contra 27% de José Serra (PSDB) e 13% de Marina Silva (PV). Outros 8% não sabem ou votarão em branco e os demais candidatos somados chegaram a 1%. Descontados os votos brancos e nulos, Dilma teria 55% dos votos válidos, Serra 30% e Marina Silva 14%.

Os índices são bem parecidos com os da última pesquisa Ibope, divulgada pelo Estado no último dia 24: Dilma tinha os mesmos 50%, Serra 28% e Marina Silva 13%. Serra e Dilma estão estacionados neste patamar de votos desde a pesquisa Ibope de 27 de agosto, quando a petista tinha 51%, Serra 27%. Apenas a candidata verde cresceu desde então. No final de agosto ela tinha 7% das indicações.

Porém, em relação à última pesquisa CNI/Ibope, de junho de 2010, o crescimento de Dilma é alto: ela passou de 38% para 50%. José Serra caiu, desde o último levantamento, de 32% para 27%. Marina Silva quase dobrou o número de indicações, de7% para 13%.

Na simulação de segundo turno entre a petista e o tucano, Dilma venceria a eleição com 55% dos votos, contra 32% de Serra. Na hipótese de uma disputa entre Dilma e Marina Silva, Dilma teria 56% dos votos, contra 29% da verde. Em um eventual segundo turno entre Serra e Marina, o tucano venceria a eleição com 43%, contra 35% da candidata verde.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, quando o eleitor responde em quem votará sem ter acesso à lista dos candidatos, Dilma lidera as intenções de voto com 44% das indicações; Serra tem 21%, Marina 10% e o presidente Lula, que não poderia se candidatar, ainda é apontado por 1% do eleitorado. Os demais candidatos apontados somam 1%, brancos e nulos chegam a 7%, e outros 18% não souberam responder.

Probabilidade de voto

A pesquisa CNI/Ibope levantou ainda o espaço para crescimento de cada candidato. No caso de Dilma Rousseff, somados os que votarão nela com os que poderiam votar, a probabilidade de voto chega a 67%, contra 63% aferido em junho.

Marina Silva tem 58% das possibilidades de voto, somados os que garantem voto nela com os que poderia votar. Em junho, a candidata verde tinha 43%. José Serra, em contrapartida, perdeu probabilidade de votos. São 59% os que votam ou poderia votar nele, contra 62% em junho.

Outro item da pesquisa revela que é bem próximo o número de eleitores que levam em conta o apoio do presidente Lula na hora de escolher o voto em relação aos que não levam em conta. Enquanto 47% responderam que votarão num candidato indicado por Lula, outros 41% disseram que isto não será considerado na hora de escolher o candidato.

Apenas 8% indicaram voto em um candidato que faça oposição a Lula, e 4% não souberam responder.

Ainda segundo a pesquisa, 93% dos eleitores são que Dilma Rousseff é a candidata apoiada por Lula, enquanto 1% respondeu que Serra era apoiado pelo presidente e 6% não soube responder. Em junho, 73% sabiam que Dilma era a candidata de Lula. Em março apenas 58% tinha este conhecimento.

Partidos políticos

A pesquisa Ibope divulgada pela CNI aponta ainda que o PT é o partido preferido dos eleitores, com 27% das indicações, contra 5% do PMDB, 5% do PSDB, 3% do PV e 2% do PDT. Os demais partidos, incluindo DEM, PSB e PCdoB, não pontuaram. O número de entrevistados que disseram não ter preferência em partido político somam 48%, enquanto 6% não souberam responder.

A pesquisa CNI/Ibope entrevistou 3.010 eleitores, de 191 municípios, entre 25 e 27 de setembro. A margem de erro é de 2%.

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Em resposta, juristas assinam manifesto pró-Lula

Um grupo de juristas, que inclui o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, Dalmo Dallari e o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, lançou em São Paulo uma Carta ao Povo Brasileiro, cuja finalidade é responder às críticas feitas ao governo e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Manifesto pela Democracia, divulgado no último dia 22. Segundo os 64 signatários, 'nos últimos anos, com vigor, a liberdade de manifestação de ideias fluiu no País. Não houve um ato sequer do governo que limitasse a expressão do pensamento em sua plenitude'.

O texto repudia as críticas do Manifesto segundo as quais o presidente da República estaria ignorando a Constituição ao misturar as funções presidenciais com as de líder do PT e ao jogar a opinião pública contra os veículos de comunicação. 'Não se pode cunhar de autoritário um governo por fazer críticas a setores da imprensa ou a seus adversários, já que a própria crítica é direito de qualquer cidadão, inclusive do presidente', afirma o documento.

Logo no início, o texto afirma que 'em uma democracia, todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou pela mediação de seus representantes eleitos...' Pouco adiante, sustenta que 'em uma democracia as decisões populares são preservadas por instituições republicanas e isentas' - e menciona 'o Judiciário, o Ministério Público, a imprensa livre, os movimentos populares, as organizações da sociedade civil, os sindicatos, dentre outras'.

Em seus oito parágrafos, a Carta afirma que o governo 'jamais transigiu com o autoritarismo' e 'não se deixou seduzir pela popularidade a ponto de macular as instituições democráticas'. Enfatiza, também, que o governo 'sempre escolheu para chefe do Ministério Público Federal o primeiro de uma lista tríplice elaborada pela categoria e não alguém de seu convívio ou conveniência'. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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