segunda-feira, 3 de outubro de 2011

GENIALIDADE

Se considerarmos apenas a boa vontade do nosso Campo em trazer até nós o quarteto Arautos do Rei, fica nossa gratidão aos promotores. Contudo, quero considerar alguns aspectos que considero relevantes.
Conforme já havia dito na semana que antecedeu o evento, a temeridade quanto ao local foi confirmada na tarde do último sábado quando aproximadamente seis mil pessoas se acotovelavam entre a Igreja do Marco, o salão jovem da igreja e o auditório do IAGP. As janelas da Igreja foram abertas para que mais pessoas pudessem ter alguma visão do que se passava dentro do templo. Do lado de fora, no entanto, uma multidão, vinda inlclusive de alguns municipios do interior, ficava sem saber para onde ir. 
Quem teria, afinal, definido os detalhes desse evento? Que planejamento foi feito para receber esse ícone da música sacra adventista que não se apresentava em nossa Cidade ha mais de três anos? Que benefícios ficaram para os membros da igreja adventista que não dispunham das condições mínimas ideais para a adoração ao Senhor? Será que se pensou nas visitas que inevitavelmente estariam entre nós? Que imagem essas pessoas levaram da nossa Igreja?
Estou pensando, seriamente, em lançar o prêmio ou a condecoração "genialidade". Com isso, quero condecorar ou premiar as idéias brilhantes que alguns tem nos proporcionado. Trata-se de "genialidade" assim mesmo, entre aspas.
Ao final da primeira parte da apresentação do quarteto um amigo de outro campo que estava na frente do IAGP abordou-me com a seguinte colocação: " Oséias, estamos a frente de vocês uns dez anos em relação a eventos"! Como ele é parente de um administrador do nosso Campo, apressei-me em responder: " Diga isso ao seu parente-administrador"!
Certamente o Arautos do Rei já se apresentou em condições bem mais desfavoráveis.Mas, aqui pra nós, era mesmo necessário expor o grupo a isso? Tenho certeza absoluta que o grupo não se magoou com o ocorrido. Mas, era nossa obrigação tratá-los de uma maneira melhor.
Será que se tivessemos cobrado dois ou três reais e jogado a programação para a noite aquele público todo deixaria de ir? Sinceramente, deu uma saudade danada do nosso Coqueirão. Talvez o receio de críticas de levar o grupo para o Coqueirão tenha contribuido para que essa "genialidade" fosse cometida.
Mas, meu amigo Cadú, lider dos jovens do Marco I, ao responder a um questionamento sobre o tema no facebook disse que não houve desorganização, mas falta de educação uma vez que utensílios da Igreja do Marco I foram danificados pelos membros presentes. Tenho o maior apreço por esse jovem-lider! Aprecio seu "zêlo" com as coisas da casa do Senhor, mas sua visão parceu-me muito limitada sobre o que aconteceu naquela tarde. É provável que pelo fato de haver participado do vocal, antes da apresentação do quarteto, sua vsão sobre o assunto tenha ficado limitado ao espaço onde se encontrava, sem considerar o desconforto de seus irmãos de outras igrejas, dentro e fora do auditório.
Enquanto digito essa matéria um amigo me envia mensagem nos seguintes termos: " Mas apesar de todo esse sufoco, tenho a plena convicção que o Espirito Santo de DEUS se fez presente!! Foi uma benção"!
Faço minhas as suas palavras.
O questionamento final que deixo é o seguinte: " Era necessário, realmente, passarmos por isso"?
Como prêmio, possivelmente, ficaremos na geladeira por outros longos anos sem ter conosco os Arautos!

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