segunda-feira, 6 de junho de 2011

FOME E SÊDE DE JUSTIÇA

Outro dia escutei um orador dizer que quando deita a cabeça no travesseiro tem um sono reparador, numa clara alusão a sua tranquilidade de consciência, como a dizer que sob ele não há nada que pese, sobretudo no que diz respeito a relacionamentos ou tendências com terceiros, além do compromisso com o estado e com Deus.
Fico pensando no estado de espírito de Antonio Palocci. Será que ele experimenta essa mesma sensação do orador acima?
Rapidamente me reporto a questões já abordadas por mim no passado quanto a condutas administrativas de alguns que da função se prevalecem na certeza da impunidade. Impunidade essa que é garantida pelos relacionamentos que possuem. Aprontam, aprontam, mas conseguem sair incólumes de uma região para a outra com uma folha corrida que dá inveja a muitos políticos.
Quando essa realidade é trazida para a esfera eclesiástica a situação é mais grave ainda. Afinal, os representantes das instituições que tem o dever e a responsabilidade de agir com rigor e responsabilidade e não o fazem acabam por receber como recompensa o descrédito de todos quantos tem acesso a essas situações de protecionismo inadmissíveis. Como é certo que de tudo teremos que prestar contas, cada um responderá por isso no seu devido tempo. Não é possível, no entanto, que esses administradores pensem que temos os narizes furados! Somos ignorantes, sim, apenas no sentido de não fazermos valer nossa representatividade diante de descalabros administrativos que nos envergonham. Nossa timidez é inaceitável! Quando, em outra região, esse descontentamento e tornado público logo se investe contra seus atores no sentido de demonizá-los. ML chamava pessoas que participavam de qualquer manifestação dessa de " murmuradores". Hoje, pelo que ouço falar, na região na qual atua como administrador o povo não manda recado e se faz ouvir.
Minha mãe sempre nos educou no sentido de pagarmos o preço dos nossos atos. Como sempre fui muito traquina, meu pagamento jamais foi injusto, mas na justa medida. Talvez eu tenha experimentado todos os tipos de cinturões da época. Agradeço pela firmeza com que minha querida Flora sempre me tratou. Não sei o que seria de mim se dela não houvesse recebido esse tratamento.
Conduta idêntica é adotada pelas igrejas nos bairros. Quando um "fiel" comete equívocos ou incorre em procedimentos não compatíveis com a fé cristã, nossas comissões agem como orienta o "manual". O pecador sente o peso de seu ato e se predispõe a uma nova mudança na vida. Eu mesmo já experimentei situações como essa. Está absolutamente correto esse procedimento! Agir com responsabilidade é o dever de todo aquele que é chamado para dirigir o povo!
Não posso deixar de reconhecer que há, sim, administradores que até desejam que assim seja. Querem fazer valer o "assim diz o Senhor" e seguir as orientações emanadas da instância superior, esbarrando, no entanto, em superiores que fazem prevalecer mais a questão corporativista, permitindo que suas influências estejam acima dos princípios.  O que me deixa mais indignado é que esse procedimento não é retilíneo. Ou seja, ele não é adotado para todos. Dependendo da conveniência as pessoas experimentam até uma promoção após atitudes nada recomendáveis, enquanto outros são imediatamente riscados, eliminados, sem a mínima oportunidade de reverter a situação. Não estou pregando aqui que todos sejam anistiados ou absolvidos, ignorando-se a gravidade dos seus procedimentos. Penso que pelo menos no que nos diz respeito, ou seja, a região norte, deveriamos evitar a transferência de responsabilidades por episódios ocorridos no nosso território a outros . Todo vício, toda conduta nociva e inadequada deve ser de imediato resolvida aqui mesmo. Já não basta que os outros façam isso conosco? Ou seja, que mandem pra cá pessoas, obreiros e profissionais cujo procedimento já foi reprovado em outra região?
Volto mais tarde!!!!

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