ENCONTRANDO MEU ESPAÇO

Não posso negar que meu forte sempre foi o de "administrar igrejas". Por conta disso fui de uma irresponsabilidade inominável no que dizia respeito às minhas atividades, sobretudo os estudos, o que me custou a perda do curso de letras, licenciatura, pela Universidade Federal do Pará. Não admitia ficar ausente numa semana de oração, por exemplo. Entendia que minha presença era vital para toda e qualquer atividade desenvolvida nas igrejas as quais servia como líder.

Com essa visão, quantas vezes fui imprudente, radical e intemperante. Não foram poucas as oportunidades em que mantive reuniões administrativas, lideradas ou motivadas por mim, até, pasmem, uma hora da madrugada. Numa dessas, com a conivência ou anuência da administração do Campo (Missão Baixo Amazonas), da época, que conosco permanecia em debates sempre acalorados. Não foram raros os casos nos quais meu sábado fora tremendamente abençoado com sermões e atividades espirituais da mais alta relevância, que saciavam minha alma! Isso, contudo, era destruido com reuniões administrativas à noite do mesmo sábado com discussões sob temas estressantes, que nos levavam a refregas inoportunas. Fico a imaginar quantas vezes Deus desagradou-se de todos quantos protagonizamos aqueles "espetáculos deprimentes".

É bem verdade que aquela era a forma que encontrávamos para fazer nossa liderança entender nossos pontos de vista. Da parte deles sempre faltou habilidade e espírito comunitário. Ou seja, aquela sensibilidade que sempre cobro aqui. É bom lembrar que estou me referindo a administrações que, felizmente, ficaram para trás.

Não diria que nossa postura foi em vão. Os métodos é que não eram os melhores. Hoje regozijam0-nos por ver nossa escola sendo muito bem conceituada no rol das escolas adventistas da ABA.

Hoje, no entanto, entendo que vivo meu melhor momento no que diz respeito a minha atuação na igreja que frequento. Posso dizer que Deus me deu um espaço que me motiva e alegra. Estou envolvido com atividades que me fazem brilhar os olhos e que aquecem meu coração. Trata-se de ocupações que me dão prazer de servir a Deus.

Estou me referindo, sobretudo, a função que a Igreja me confiou de coordenador de pequenos grupos.

Na noite desta segunda-feira tive a alegria de ter a companhia do Pr. Geison em visitas a três Pequenos Grupos. Em cada local visitado minha emoção se renovava! Tenho certeza que meu amigo, Pr. Geison sentia o mesmo! Lares repletos de pessoas confraternizando-se e abrindo a palavra de Deus! Os testemunhos que ouvimos das pessoas dizendo o quanto aquele momento lhes era importante era algo que nos impressionava!

Concluimos a noite visitando um líder de pequenos grupos que havia perdido a mãe na última sexta-feira.

Não vou dizer que questões administrativas jamais desempenharei. Mas, por hora, esqueçam-me para esse objetivo! Há muitos postulando esses cargos!